AS COISAS SIMPLES E A HUMILDADE
Certas experiências nos chamam a
atenção, mesmo sem nada especial. Quando conseguimos desfrutar de um momento
leve e prazeroso e isso nos faz sentir a beleza desta vida, notamos que na
maioria das vezes vem de algo simples. E, é muito interessante observar que tais
experiências estão disponíveis a quase todas as pessoas! Não é a toa que
encontramos pessoas em todas as classes, sofrendo, ou irradiando felicidade. A
simplicidade é mesmo linda, e valorizá-la é uma descoberta.
Para enxergar este lado da vida, é
necessário humildade, um ingrediente básico, que deveria ser almejado por
todos, pois é o caminho para sentir a presença de Deus
A humildade independe de condição
financeira ou social, ou do ambiente em que se vive, mas do nosso interior, do
modo que compreendemos este ambiente, do que valorizamos e até que ponto
valorizamos. Quem não gosta de coisas boas? Quem não se admira com tantas
maravilhas o próprio homem construiu? Isso não diminui o homem, nem sua
humildade. Mas perder-se diante disto, sim.
Todos nós temos orgulho e vaidade,
em escalas diferentes, mas temos. A humildade nos faz capazes de controlar
estes impulsos. O orgulho e a vaidade são propulsores e ao mesmo tempo sabotadores
de nossas vidas. Controlá-los nos faz cristãos, a humildade nos faz cristãos, e
nos permite enxergar não somente a nós mesmos, mas o outro.
Quando ascendemos socialmente,
temos a oportunidade do acesso a experiências cada vez mais exclusivas, e somos
seduzidos a nos tornar exclusivos, e isto nos envolve em uma armadilha de se
isolar, entender-se diferente dos demais, buscando outros semelhantes, que cada
vez são em menor número, na medida que evoluímos. Isto nos cega. Evitar esse
caminho, é a atitude de um homem ou mulher prudentes.
Ser humildes não nos faz melhor
que ninguém, mas nos faz melhor com nós mesmos!
Está nas coisas simples, nos
relacionamentos verdadeiros, no arriscar-se amar e ser amado, nos pequenos
prazeres, o alimento de nossa felicidade. Está na fé, no relacionamento com
Deus, arriscando-se a entregar-se ao seu amor, a plenitude que dá sentido a
todo o resto, e ambas as coisas estão a disposição de todos nós, basta querer,
perseverar, desfrutar, e sorrir.