segunda-feira, 6 de abril de 2015

JESUS E SUA MARAVILHOSA HUMANIDADE



Muitas pessoas não cristãs questionam como acreditamos que Deus tenha vindo ao mundo na figura de um homem. De fato, não é fácil, sendo de outra cultura, outra religião, compreender o que a fé nos revela. Convivendo com pessoas de outras crenças, também é difícil para mim entender alguns elementos de sua fé. Hoje é domingo de Pascoa, e me inspirou refletir sobre a ressureição de Cristo e um tema que divide opiniões. Sua divindade

Mas se me perguntassem, céticos, se o valor da minha fé está na divindade de Jesus, eu diria que não. A minha fé não depende de Jesus ser Deus, ou não.

A beleza da minha fé em Jesus vem exatamente da sua humanidade. Avaliando o que ele, como homem, fez, na ótica de nossas limitações como homens e mulheres, percebemos a importância de sua vida e morte.

Jesus viveu uma vida de doação, de exemplo, de sacrifício por nós, que fomos tocados com a sua história. Sofreu na cruz na intenção de vencer a morte, e abrir as portas para a vida, religando o homem a Deus, fazendo-se caminho para Ele. Só há sentido falarmos em martírio, em paixão e sacrifício, se considerarmos sua humanidade. Quem sente dor é o homem, quem se angustia é o homem, quem morre é o homem, quem se entrega a tudo isto sabendo o que vai passar, não é o Jesus divino, mas humano. A pascoa de Jesus tem sentido em sua limitação como homem, de carne e osso.

Assim como faziam na pascoa os Judeus, em expiação de seus pecados, matando um animal e oferecendo a Deus, ele se entrega como cordeiro, em oferta perfeita a Deus, em expiação dos pecados de todos nós. É o Jesus homem, que vence as tentações deste mundo e por seus méritos se torna o cordeiro imaculado, a oferenda ideal.

Jesus também me conquista por sua palavra, que nos apresenta uma nova face de Deus, a face do amor. Um Deus misericordioso, que deseja nos salvar, diferente do Deus temido da época. A coerência das palavras de Jesus, e do seu exemplo, sendo homem e inerente a nossas fraquezas, também impressiona e motiva. E ele não precisa ser Deus para isto.

Na sua história, Jesus transcende a humanidade e apresenta seu dom divino. Ele cura, demonstra autoridade com a natureza, com os espíritos, com a morte, ressuscitando Lazaro e deixando todos boquiabertos. Mas nem mesmo todos estes sinais foram capazes de faze-los, todos eles, incluindo os apóstolos, entenderem sua divindade. Por fim, a sua morte foi presenciada por muitos, inclusive celebrada. Mas seria naquela cruz que a última de todas as manifestações de Deus se realizaria. A vitória definitiva do que parecia invencível. A morte.

Quando Jesus, divino ou não, ressuscita, em uma incrível manifestação divina, tudo muda. Deus é capaz de tudo, e nos mostra que Jesus de fato é Seu filho, e sela toda a história. Jesus é o Nosso Salvador, caminho, verdade e vida. Em sua humanidade nos mostrou ser capaz segui-lo, e nos deixou as maravilhas de sua mensagem, exemplo e serviço. Em sua ressureição a esperança de sermos acolhidos na casa de Deus.

Esta fé é indiscutível. Ela nos alimenta, e nos torna felizes, e isto é o que importa. Cabe a nós aprendermos com este mestre, e nos associando a sua vida, alcançarmos a vida que esperamos.